domingo, 8 de março de 2009

Impropício

O erro persiste em tempos modernos, só que está ficando frequente e perigoso, e mesmo estando lá, demasiado, a latente está em alta, e o culpado pelo “erro” será demitido, eliminado, extinto, para dar somente uma satisfação à sociedade, ou até mesmo para se fazer jurisprudência em seus próprios tribunais que são excessivos de suas leis internas, mas o desacerto, vai depender do seu ponto de vista. O fato que o “erro” ira lastimar verdadeiramente na vida de quem foi prejudicado, e a tangente não será um reconhecimento do desacerto, o que foi contuso ou perdido, já se foi. E os grandes ficarão como sempre estiveram, sem punição, e nada será sanado.
Para onde encaixaria o parágrafo acima? Em várias circunstancias, tanto na política, como na saúde de nosso país, nas milícias que hoje estão sendo comandadas por quem deveria nos proteger. Mas estas entrelinhas também pode ser situada aos sonhos dos brasileiros que buscam uma condição de vida melhor fora de seu país, e por consequência da história são confundidos como terroristas e malandros. O caso Jean Charles evidencia o fato descrito aqui. Para países de primeiro mundo, brasileiros são vistos apenas como um objeto de mão de obra, as autoridades não os vêem como turistas. Para se entrar em países europeus por exemplo, a pessoa deve conter uma quantia significativa em seu desembarque. Nos últimos anos a deportação de brasileiros aumentou, a prova disso, foi o caso dos oito brasileiros que foram deportados da Espanha após serem barrados no aeroporto de Barajas, em Madrid. Os deportados faziam parte de um grupo de 20 brasileiros que deveriam desembarcar na capital espanhola, mas foram impedidos pela polícia local. Seja estudantes, turistas, ou até mesmo quem busca uma salvação financeira, não releva os excessos cometidos pelas autoridades locais aos brasileiros que se encontram em tráfico.
Mas isto é assunto pra outro dia, o assunto a seguir ainda é sobre os "erros" mas os que são cometidos pela imprensa brasileira, com o famoso jargão jornalístico a “ barriga”.

Em tempos modernos, estamos mais politizados, queremos saber o que está acontecendo no mundo e buscamos informação através do rádio, TV, jornais, Internet, e até mesmo o celular, mas e quando estas fontes erram? Ficamos perplexos, pois sabemos que os profissionais que trabalham com a socialização na noticia, deve checar os dois lados, checar as versões. Na vivência académica ser imparcial a noticia é instruindo o tempo todo, o mais chocante é que a ética que é estudada e revirada nos anos académicos, não se torna uma fonte constante na pratica, assim, a noticia vira especulação, se torna um produto do capitalismo e a cerne do jornalismo fica mesmo na sala de aula.

O caso da advogada
Paula Oliveira é um exemplo disso, um episódio de auto flagelação nas adjacências de Zurique, na Suíça, que por falta de ética foi ao ar irresponsavelmente, para milhões de telespectadores, sem a devida apuração dos fatos, e tão rapidamente, difundidos e reproduzidos por outras mídias sem o menor pudor.

O famoso jargão jornalístico a “
barriga” novamente foi cometido pela imprensa brasileira, o caso Paula foi tão grave como o da Escola Base. Ainda hoje, a interrogação persiste e ainda não teve o seu ponto final.
Mas o que anda acontecendo nas reuniões de pauta, os editores deve dizer: “eu quero uma noticia quente”, preciso do ibope lá em cima. Mas os “
jornalistas” estão levando tudo ao pé da letra, sem coerência. É meu caro, o fato é que a modernidade juntamente com sua tecnologia de ponta, trouxe as editorias o sensacionalismo, ou seja, a noticia virou objeto para elevar as vendas e de certo modo causa viva emoção. E hoje, vender é que edita as reuniões de pauta, e o que vemos não tem credibilidade. É vergonhoso ver em nosso país erros grotescos permeando ainda a tangente da imprensa marrom como as de 1968, um país de grandes nomes do jornalismo como: Alberto Dines, Zuenir Ventura que não tinham um diploma académico, mas abrangiam-se da essência do jornalismo, a “ética”. Essa mesma “ética” que é estudada, discutida, redefinida em tempos académicos, mas na prática faz um sentido inverso. A noticia objeto que tem que gerar lucro, é alienada ao adjetivo vender, é assim que nossa imprensa está estimulando o voyeurismo. O breakdown da imprensa de hoje, deixou a ética na gaveta, para proferir a ascensão do capitalismo.

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